O Hospital Nossa Senhora das Graças e os demais hospitais filantrópicos do Brasil, aderiram ao Movimento Nacional Pela Sustentabilidade dos Filantrópicos, promovido pela CMB (Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos).
Em um ato simbólico, nesta segunda-feira (23), as entidades hospitalares mineiras e de todo Brasil, realizaram um protesto com o objetivo de demonstrar preocupação com a situação financeira do Sistema Único de Saúde.
Na ocasião, o diretor geral do HNSG, Jarle Adriano Klein Rinaldi, se posicionou sobre o momento sofrido pelas instituições. “Esse cenário é alarmante, há décadas os Hospitais Filantrópicos suportam remuneração insuficiente. A situação de descaso do Poder Público pode levar ao fechamento de centenas de hospitais responsáveis por atender 70% das internações do SUS”, destacou.
De acordo com informações fornecidas pela Santa Casa, desde o início do plano real em 1994, a tabela SUS e seus benefícios foi reajustada em média, 93,77%, enquanto o Índice de Preços no Consumidor (INPC) foi em 636,07%.
“A desproporção na remuneração da prestação de serviços ao SUS, acarreta um valor anual de R$10,9 bilhões em desequilíbrio econômico. Essa relação crescente deficitária pode ocasionar sucateamento das estruturas físicas, tecnológicas e riscos na assistência ao paciente”, afirmou o diretor.
Hoje, o hospital é responsável por realizar em média 16.485 atendimentos pelo SUS. Com um possível encerramento dos serviços, a população setealagoana e demais municípios serão diretamente impactados, gerando colapso no sistema de saúde.
Ao final da mobilização, foram soltos balões pretos e verdes que simbolizam o número de leitos (214) do Hospital Nossa Senhora das Graças.
O HNSG informou que apoia a sensibilização da sociedade e a união e o estado em relação a administração financeira das Santas Casas.
Por Marina Andrade